quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Mulheres Autossuficientes


Autossuficientes, as mulheres – no mundo criado por elas – não abrem mão do contato físico com um parceiro; querem legar às filhas os valores morais caracterizados por respeito ao próximo e a si mesmas. Nesse mundo, as mulheres não perdem as características femininas como sensibilidade e independência. Além disso, são extremamente valorizadas: serão sempre VIPs, tratadas como rainhas. As palavras mais associadas a esse mundo são equilíbrio, diversão, luxo, união, sustentabilidade, “paparico” e beleza.

Percepção & dilemas

Ø As brasileiras se descrevem como batalhadoras e vencedoras; valorizam o direito de escolha conquistado. Em contrapartida, mostram-se cansadas dos conflitos diários, do desafio de ser uma mulher contemporânea.

Ø Embora assumam diversos papéis diários, as mulheres elegem os filhos como o que mais valorizam na vida. Na prática, o papel de esposa não é tão importante quanto o de ser mãe. É justamente o amor incondicional que desperta o desejo de educar os filhos em um mundo melhor: mais sustentável e menos consumista.

Ø O equilíbrio entre a dedicação à carreira e ao lar é uma grande busca, assim como a preservação da feminilidade. A máxima “mulher tem que ser mulher” resume esse sentimento.

Ø A mulher contemporânea se vê como vencedora, guerreira, autossuficiente, dependente dos homens emocionalmente, amiga, mãe do companheiro, múltipla, sensível, frágil fisicamente e enfermeira.

Ø Elas acreditam que os homens as veem como sexo frágil, dependente emocionalmente e financeiramente, limitada, olham apenas a beleza/corpo, valorizam e respeitam a mulher de hoje.

Ø Entre as vantagens de ser mulher, elegem a possibilidade de ser mãe, fazer compras, ter sensibilidade e intuição.

Ø Nos dilemas, afirmam que não se permitem errar; têm dificuldade em conciliar a carreira, família, estudos e a administração da casa.

Ø As entrevistadas acreditam que as mulheres de hoje são muito mais informadas; as donas de casa, por exemplo, têm mais tempo para ler, ver tevê e buscar informações na internet. Esse nível de informação tem um grande impacto na forma de consumir da família brasileira.

Ø As mulheres se orgulham de a América do Sul possuir duas presidentes, uma vez que o direito ao voto foi obtido por meio do Código Eleitoral Provisório, somente em 24 de fevereiro de 1932.

Ø Os ícones femininos são Dilma Rousseff (poder e vitória); Gisele Bundchen (poder, sucesso e beleza); Juliana Paes (beleza); Hebe Camargo (vitória); Jeniffer Lopez (sedução); Zilda Arns, Glória Pires e Marina Silva (batalhadoras);  Fernanda Montenegro (humildade); e Angelina Jolie e Princesa Diana (altruísmo). Entre outras celebridades admiradas estão Oprah Winfrey, Fátima Bernardes, Ana Paula Padrão, Hillary Clinton – mulheres fortes e femininas.

Ø Entre os desafios apontados pelas entrevistadas estão: ser múltipla; tomar decisões; dividir deveres, não apenas os direitos; e ser menos tolerantes. As entrevistadas revelam que ainda gostam de ser cuidadas.

Ø Na percepção das mulheres, o dinheiro tem que render muito porque não querem esquecer que são mulheres, mães e amigas. Ou seja, com dinheiro podem se “produzir” e ter independência.

Ø As mulheres acreditam que são mais fortes que os homens; competir no mercado de trabalho diretamente com eles faz com que esse sentimento seja mais presente. Por outro lado, as mulheres reforçam a máxima de que “não podem ficar doentes”.

Ø As entrevistadas afirmam que estão em busca da realização profissional como forma de ter mais orgulho perante a família e a sociedade.

Ø Elas se enxergam como seres com responsabilidade, vivência, independência, liberadas sexualmente e que cuidam dos filhos.

Segundo a coordenadora da pesquisa, no final do encontro foi perguntado como seria a bandeira que melhor representaria esse novo mundo feminino; e quais as palavras e adjetivos que definiriam esse mundo. “A bandeira seria desenhada de maneira a mesclar sensualidade e poder. As palavras força e versatilidade foram as mais citadas. A expressão que melhor definiria seria tudo de bom”, afirma Stella Susskind.

Por Stella Susskind - www.shopperexperience.com.br

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Qual o Grau Alcoólico Ideal?



Google Imagens



A grande safra nada mais é do que a combinação de condições climáticas ideais, chuvas regulares na primavera, sol quente no verão, tempo seco no outono. Portanto, quanto mais madura melhor a uva! A transformação do açúcar em álcool, através da fermentação tumultuosa, pressupõe uvas na condição perfeita de maturidade. Quanto mais açúcar nos bagos mais álcool depois. Para elaborar grandes vinhos há vinícolas que chegam ao cúmulo de selecionar apenas a parte mais madura do cacho, eliminando o 'lado oculto da lua'.
Se pensarmos um pouco concluiremos que, à semelhança da seleção natural pelo genial Carlos Darwin, o mundo do vinho estará sempre buscando o máximo da graduação alcoólica. Ficou claro? Se todos querem a maturidade perfeita, e quanto mais açúcar no gomo mais álcool, estamos escalando o Everest em busca do máximo possível de álcool. A lembrança da mais alta montanha da Terra nos leva a pensar, em contraponto, de que há sempre um limite! A pergunta é: qual o limite ideal? Vamos exemplificar partindo de dois grandes vinhos: Amarone della Valpolicella e Yacochuya.

O "grande amargo" surgiu na Valpolicella do Veneto talvez em função dos vinhos leves da região, que normalmente não ultrapassam 11% de álcool. Para combater a rusticidade surgiu a técnica do amarone, em que as uvas são dispostas a secar, antigamente em palhas ou gavetas abertas em salas bem ventiladas, atualmente em câmaras de secagem, o que resulta em desidratação ou perda de mais de 30% do suco. A fermentação posterior produz vinhos concentrados com teor alcoólico próximo a 16% ou 16º. Esse tipo de vinho passificado (como passas enrugadas e secas) é uma técnica de adega, ou seja, não é um processo natural da vinha.

O Yacochuya e o Colomé estão entre os exemplos extremos de alto grau alcoólico. Fazem parte dos vinhos de altitude argentinos, com o protagonismo da Malbec, uva que se deve reconhecer como argentina. Vinhedos plantados a mais de 2 mil metros (o Altura Máxima da Colomé se auto-proclama o mais alto do mundo a 3.100 metros), sofrem maior exposição de raios ultravioleta e, principalmente, vivenciam uma amplitude térmica entre 15º e 20º todos os dias. Ou seja, 28º ao dia e 8º à noite (20º e 0º graus no inverno), estressam o vinhedo, que para se proteger gera pele mais grossa e escura, que vingará exemplares concentrados e densos.

Engraçado lembrar que o Valle de Calchaquíes, em Salta, ao norte do país vizinho, tem latitude semelhante a Jundiaí e Sorocaba, cortado pelo Trópico do Capricórnio, pelo que o diferencial é justamente a altitude. Aliás a utilização de terraços é maior na Argentina, em função dos Andes serem mais esparramados a leste, e mais escarpados a oeste (Chile). O Yacochuya chega a 16,5% de álcool, embora o 2005 e o 2003 percam em equilíbrio para irmãos mais antigos. É quase natural porque por detrás está o consultor Michel Rolland, que deve utilizar (eu presumo) todas as técnicas para torná-lo essa bomba d'álcool que desagrada pela falta de elegância.

Mas o verdadeiro "problema" desses produtos é que Amarone e de altura não são agradáveis para o cotidiano. Pedem aquele dia certo invernal, com pratos de molho concentrado, carnes de caça, talvez uma feijoada num dia bem frio. Porque mesmo com fruta passa, taninos resistentes e álcool potente, esses vinhos são pesados na boca. Mastigáveis de um lado, de outro têm o "defeito" da excessiva densidade, mais ou menos como uma cerveja stout ou bock num dia de verão perante uma pilsen refrescante.

Como tento ser direto e reto nas minhas colocações, francamente estou cheio (ops, minha mãe me censuraria)... satisfeito de vinhos extremamente alcoólicos.

Todos querem superar o Himalaia! O limite de um Pinot Noir e Merlot deve se situar em 14º, Syrah e Cabernet Sauvignon em 14,5º, Malbec no máximo 15º. Mais do que isso é exagero. É claro que o conjunto precisa, em primeiro lugar, estar balanceado em seus elementos acidez, azedume, estrutura tânica e álcool. Mesmo equilibrado chegará o dia em que os enólogos não ultrapassarão a fronteira além da qual o vinho se torna desagradável. Por mais que desejem argentinos e italianos, Andes e Alpes não ultrapassarão o Himalaia.

Por Diário do Comércio

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Consumo feminino: Como seria o ''mundo ideal'' construído pelas mulheres paulistanas


O mundo de Vênus



A pesquisa qualitativa “O mundo de Vênus”, desenvolvida pela Shopper Experience, revela como seria, hipoteticamente, um mundo construído pelas mulheresbrasileiras.

Com foco na análise das relações de consumo e comportamento, a pesquisa mostra o que as mulheres pensam sobre o atendimento ao cliente prestado por bancos, concessionárias e supermercados – e como seriam esses estabelecimentos no mundo feminino.

Antropólogos evolucionistas do século 19, fortemente influenciados pelas ideias do suíço Johann Bachofen, defenderam a existência de organizações sociais femininas, as sociedades matriarcais. Com a introdução do princípio de propriedade privada, o modelo matriarcal ruiu, abrindo espaço para a consolidação do patriarcado. Entretanto, o mundo contemporâneo dá sinais de que o poder está voltando para as mãos femininas – pelo menos, no tocante ao consumo.

Hoje, as mulheres são responsáveis, em média, por 66% das decisões de compra nos lares brasileiros, movimentando cerca de R$ 1,3 trilhão por ano. Entre as decisões de consumo – que têm impacto nas compras da família – estão alimentação, plano de saúde, vestimenta e educação. Mas, qual é a relação que as mulheres mantêm com o consumo e como seria o atendimento ao cliente em uma sociedade construída por elas? Para responder a essas questões, a Shopper Experience conduziu uma pesquisa com mulheres paulistanas.

Um dos destaques dessa pesquisa qualitativa foi a criação de um focus group – composto por paulistanas das classes A e B, com idades entre 25 anos e 42 anos. Em uma segunda etapa, as respostas e dinâmicas do grupo foram analisadas e comparadas com experiências pessoais das profissionais de destaque nos segmentos no qual atuam que integraram um comitê especial, formado por Cristiane Paixão (Fiat); Gisela Constantini (General Motors); Claudia Neves (Grupo Fleury); Carolina Rocha (Grupo Pão de Açúcar); Jaqueline Marzola (Mercedes Benz); Tanyze Marconato (Porto Seguro); e Patrícia Abreu (Anhanguera) – mediado por Stella Kochen Susskind, presidente da Shopper Experience e uma das principais especialistas brasileiras em atendimento ao cliente.

“A seleção criteriosa das participantes do comitê especial – mulheres que assumem postos de liderança em diferentes segmentos – foi determinante para termos uma pesquisa relevante, que aponta o que as mulheres pensam sobre o atendimento ao cliente prestado por bancos, concessionárias e supermercados, além de revelarem como seriam esses estabelecimentos em um mundo criado por elas”, detalha a executiva.

Segundo a coordenadora da pesquisa, a insatisfação com produtos e serviços é maior entre as mulheres – até por uma questão matemática. São elas que, diariamente, tomam grande parte das decisões de consumo da família. A pesquisa mostra que essa insatisfação alcança patamares elevados pela própria natureza da mulher. “Quando compra um produto alimentício para os filhos, por exemplo, se a marca não cumprir o que promete, essa consumidora vai até as últimas instâncias para reclamar e fazer valer os seus direitos. Além disso, o alto poder influenciador entre amigos, familiares e nas redes sociais pode comprometer a imagem das marcas”, analisa.

Stella acrescenta que essas mulheres estão educando novos consumidores. “Para elas, a educação dos filhos é pautada pelo ensino de valores morais; respeito ao próximo e a si; e sustentabilidade. É nesse contexto que está o consumo responsável”, afirma a especialista.

Por Stella Susskind - www.shopperexperience.com.br


quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Como montar uma mesa: veja inspirações da Rita Lobo


Apresentadora do 'cozinha prática' dá dicas charmosas

Quem não gosta de receber bem os familiares e amigos que visitam a nossa casa? Para fazer jus ao encontro, que costuma vir embalado por "comes e bebes", nada melhor do que montar uma mesa charmosa, cheia de detalhes e inspirações, dos talheres ao guardanapo.

Quem curte essa bossa é a apresentadora do programa "Cozinha Prática"Rita Lobo, que dá um show de bom gosto em suas receitas possíveis e deliciosas. Na galeria abaixo, a expert por trás do site de delícias "Panelinha" divide com o GNT fotos e comentários sobre mesas que ela mesma bolou e registrou em seu perfil no Instagram. Precisando de inspiração para dar aquele up nas refeições? As imagens têm de tudo: do prato tradicional da época da vovó a um especial com desenho de caranguejo trazido de Paris.


Inspirações para montar a mesa

Mesa amarela: em manhãs cinzentas, um prato de bolo amarelo, de ágata, vira sousplats para começar bem dia. O bowl de cereais matinais é, na verdade, um pratinho japonês floral. Foto: Rita Lobo


Por site GNT



quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Chega ao Brasil por R$ 25 um dos melhores vinhos do mundo


A International Wine & Spirits Competition (competição internacional de vinhos e destilados) condecorou com medalha de prata o vinho espanhol Toro Loco Tempranillo. Além da qualidade, a bebida também faz sucesso por ser barata. Em libra o custo sai por menos de 4 libras, o equivalente a R$ 11. Mas o preço de venda aqui no Brasil será de R$ 25.

As reservas já podem ser feitas pelo site da loja Wine.

Por Cleiton Almeida

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Supermercado ou Loja de Vinhos?


Minha coluna semanal Prazer do Vinho me leva a situações que normalmente não faria ou, sendo bem franco, não perderia tempo. Quando raramente estou adiantado e o trânsito ajuda, encontro tempo para entrar no supermercado, conferir os preços e observar os consumidores diante da prateleira. À diferença de mim que tenho por princípio não comprar em supermercados, há consumidores que vão e vêm, olham pegam devolvem, não sabem exatamente o que querem.

Começa que o mundo do vinho é oceano e a oferta dos supermercados médios é lagoa. E embora os conglomerados comprem grandes lotes (imaginem o poder de compra do Pão de Açúcar ou do Walmart), concentram-se naqueles 30 ou 50 rótulos básicos, dos portugueses famosos há 20 anos, dos santos e santas chilenos e argentinos, o quinhãozinho do diabo Casillero ou o ainda piorzinho Concha y Toro “reservado”, que na América do Sul nada significa. É mais uma pegadinha para donas de casa desavisadas, que também alcança o 2º perfil de consumidor: o que já sabe o que quer. Por detrás desses dois perfis a pegadona está no preço: a margem de lucro em cima dos “rótulos que todos compram” (Chianti, Periquita, Dão, Malbec e qualquer coisa com Cabernet Sauvignon) é inusual. Eles são vendidos a preço bem caro.

Então os dois principais perfis citados (o que ‘não sabe’ e o que ‘já sabe’) são presas fáceis para as grandes redes. O consumidor de classe média paga caro pelo “vinho do aniversário”. Outra diferença em relação às lojas especializadas está no fato de que o tipo “não conhecedor” não encontra no supermercado quem lhe dê orientação. Nessas minhas andanças até fico tentado a ajudar alguma consumidora “dona de casa”, mas tenho receio, principalmente quando bonita, de ser mal interpretado. Então ela vai depois vem, e acaba levando algum merlot ou malbec com a única vaga semelhança de que ambos começam com “m”.

Numa loja especializada esse mesmo consumidor pode seguir a orientação do vendedor. O risco nas lojas é ser influenciado. Aí a recomendação é saber a faixa de preço que pretende gastar. Mais ou menos como no restaurante quando o someliê lhe indica “aquele vinho” que quando v. vai ver custa R$ 200, nas lojas especializadas a preocupação deve ser semelhante: existe o risco de gastar mais do que a intenção original. Inversão de papéis: o consumidor tentando agradar o vendedor! Daí a sugestão óbvia: use o vendedor para receber orientação mas não se deixe enganar. Se você pretende gastar na faixa de R$ 50 deixe bem claro o seu limite, de modo a desconsiderar qualquer tentação na faixa de R$ 120. Não se deixe intimidar; saiba que ele é mais esperto do que você em termos de uma “boa negociação”. Uma dica: se v. pretende gastar R$ 80 diga logo que pretende gastar R$ 60, deixando margem para subir no caso de surgir – e sempre acontece – uma “oferta imperdível”.

Mas na minha modesta perspectiva o pior é o segundo tipo de consumidor que compra sempre o mesmo vinho. Embora exista no mundo vínico milhares de rótulos e uvas por descobrir, o cidadão conservador gosta mesmo é de repeteco, sente-se seguro com o chardoné com peixe e o malbecão com massa e frango. Sai de férias sempre para o mesmo lugar (digamos Gramado ou Porto de Galinhas) com medo de sair da concha. Por isso as santas chilenas e santos argentinos cobram caro de seus clientes cativos por vinhos que não ultrapassam o limite da mediocridade. Em minha modesta visão apenas quem é rico compra vinho em supermercado; apesar do aparato de prateleiras, mesas e ar condicionado das lojas intimidar alguns, elas são opção bem melhor, desde que o consumidor saiba exatamente o que pretende gastar e não se deixe levar pelo devaneio do vendedor.

Por Carlos Celso Orcesi da Costa



segunda-feira, 20 de agosto de 2012

O vintage é cool!





Como já estamos cansados de ler por aí, a moda é cíclica, ou seja , o que a nossa avó usava um dia vai voltar com força total! Mesmo  com algumas releituras e adaptações, o que foi cafona pode virar hit. Exemplo melhor disso são algumas referências de décadas anteriores voltando com força total para o mundo da moda. As passarelas estão cheias de looks com inspiração antiga e que prometem invadir as vitrines. Agora, como entender tudo isso e saber pescar boas peças com perfume do passado? A gente explica!

Anos 70 

Como foi: década foi marcada por um estilo diferente, e não estamos falando só dos hippies revolucionários, não! Além do estilo meio largado, paz e amor, os anos 70 deram espaço para o bohemian e para o glam rock (que estamos vendo muito nos dias de hoje). 
O que ficou: o jeans “surradinho” que está em alta, é um fruto dos anos 70. Além dele, a calça flare de hoje, é a boca de sino dos anos 70 ( para quem jurava que isso nunca ia voltar, veja só!). As peças “boyfriend”, também são um reflexo do que era moda nos anos 70, como o oxford e o mocassim.

Produtos: 
01 -  Melissa Mocassim (R$ 99) –
www.melissa.com.br
02 – Sapatilha Slipper Glitter Moleca (R$ 69,90) –www.moleca.com.br
03 – Calça Flare Le Lis Blanc (R$ 249,50) –www.lelisblanc.com.br
04 – Calça Flare Hering (R$ 119,90) –www.hering.com.br

Anos 80 

Como foi: brilhos, cores, exagero foi a marca registrada dos anos 80. As mulheres da época eram retratadas como mulheres glamorosas, cobertas de jóias e luxo.  O jeans que já estava em alta nos anos 70, alcança seu ápice. O aumento de detalhes nas roupas foi bastante presente (rendas, laços, fitas). O paetê nasceu nesta década, fruto da imaginação do pop star Michael Jackson!

O que ficou: apesar das muitas tendências que usamos e ainda usaremos por bastante tempo, não podemos negar que é uma moda delicada de usar e que não agrada todo mundo.  As tachas, rebites, acessórios mais pesados estão em alta atualmente. Assim como as cores mais fortes e contrastantes. O tão usado batom vermelho,  está literalmente na boca do povo. A febre mais recente dos 80 entre homens e mulheres, são os óculos espelhados. Mesmo gerando controvérsias, após algumas apostas de fabricantes e altíssima adesão de celebridades e fashionistas, as lentes coloridas e espelhadas voltaram a estampar muitas vitrines.
Produtos:

05 – Batom Ruby Hoo MAC (R$ 69,90) –
www.mac.com.br
06 – óculos espelhado Absurda (R$ 399) –www.absurda.com.br
07 – Sapatilha de tachas Santa Lolla (R$ 249,90) – www.santalolla.com.br

Anos 90 

Como foi: com a facilidade das informações tudo vinha muito rápido. Marcada por peças básicas, com uma oposição clara ao culto do exagero existente na década anterior. O destaque fica para o “grunge”, um estilo que saiu da música e ganhou a moda jovem. Influenciado pelo rock, fazia a cabeça dos adolescentes da época. Calças largas, camisas xadrez e coturnos, as meias coloridas, os jeans rasgados e o famoso tênis All Star viraram uniforme. Para as mulheres mais velhas, o item necessário dessa época era o sapato mule (aquele abertinho atrás, que gera maior polêmica nos dias de hoje) além da famigerada bolsa baguete (de alça curtinha, usada embaixo do braço).
O que ficou: as mulheres passaram a usar mais as camisas xadrez de flanela, combinados com looks mais glamurosos. O famoso tênis All Star é um item essencial no armário de qualquer fashionista. Além das variedades de modelos e cor, tornou-se símbolo da juventude (vinda dos anos 90).  O sapato Mule citado, apesar de tudo, também faz seu sucesso! Recentemente, Costanza Pascolato lançou uma coleção para Shoestock e todos seus sapatos pareciam ter sido inspirados nos anos 90.  Os jeans largos também são inspirados no passado. Os jeans de lavagem azul mais clara assim como o macacão jeans estão voltando. As jaquetas e estampas bem coloridas, que lembram desenhos de videogame vão ser hit da estação.
Produtos: 

08 – Camisa Xadrez C&A (R$ 79,90) –
www.cea.com.br
09 – Sapato mule Costanza para Shoestock (R$ 229,90) – www.shoestock.com.br
10 – Camisa Jeans Renner (R$ 89,90) –www.renner.com.br


Por Erisson Rosati e Tamara Salazar

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Borgonha e Montrachet

Google Imagens

Em nenhum outro lugar do mundo o conceito de terroar é tão presente como na Bourgogne. Terroir(em francês) vai além da terra ou sítio, tem a ver com solo, localização, insolação, microclima e até gente, assim compreendido o modo do homem se relacionar com a natureza, o jeito endógeno de tratar o vinho, para dentro de si mesmo, sob certa cultura. Terroar é a seleção brasileira campeã do mundo em 1958, que meu pai nos levou a esperar no distante Aeroporto de Congonhas, quando pela primeira vez o Brasil mesclou a técnica de nossos jogadores ao conceito de organização de João Havelange e a liderança de Paulo Machado de Carvalho. Ou seja, terroar é o ...conjunto.

Há também razões históricas e geográficas, como a multidivisão de terras pós Revolução Francesa, cada qual tentando extrair o melhor de cada pedaço. A região se estende por 200 kms. Em sentido longitudinal de Chablis ao norte a Beaujolais no sul. Sem bulir com a história e a geografia, o que importa e o coração burgúndio, a chamada Côte D'Or ou Encosta Dourada. Este miolo norte-sul de 50 kms. Com Beaune no centro se divide em duas partes: a Côte de Nuits ao norte, assim chamada em razão do Nuits-St. Georges, terra dos tintos à base de Pinot Noir(Gevrey-Chambertin, Chambolle-Mussigny, Vosne-Romanée), e a Côte de Beaune ao sul, terra dos brancos à base de Chardonnay(Montrachet, Corton, Meursalt). Há tintos ao sul(p.ex. Pommard e Volnay) como também alguns poucos brancos ao norte(p.ex. Marsannay e Vougeot). No conjunto a Encosta Dourada produz mais branco do que tinto, porque a área de Beaune é o dobro de Nuits.

Também é complexo o sistema de classificação, a começar pela (1) genérica apellation controlée da Aloxe-Corton ou Puligny-Montrachet. Imaginando um grande compasso cujo círculo se torna cada vez menor, na sequência temosos os (3) premier cru e finalmente(4) os grand cru. O único master sommelier português João Pires, escanção do Dinner de Londres(chefe Heston Blumenthal) utiliza a imagem do zoom da máquina fotográfica: quanto mais fechado o ângulo mais o preço aumenta, além da evidente conclusão que o grande vinhedo(cru) é teoricamente melhor do que o primiero vinhedo(premier), que por sua vez é melhor do que uma AC municipal, por exemplo Morey Saint-Denis. O grande achado na compra de Bourgognes está em encontrar vinhos melhores, por exemplo um Aloxe Corton municipal de excelente proutor(p.ex. Thibault Liger-Belair), importado pela Cellar) a um premier cruque custe o dobre. Até porque não raro alguns grandes, em fama e preço, de repende decepcionam. Recentemente provei um Nuitd St. Georges Clos de La Marechale 2006 Mugnier ler Cru que me pareceu frágil e médio.

Dentre os brancos da 'Encosta de Beaune' um rei se sobrepõe aos demais: Montrachet(montanha nua). Nome místico, equivalente a Romanée Conti ou Échezeaux entre os tintos da 'Encosta das Noites'. Combina “solo magro com substrato duro de pedra calcária”(André Domine, Vinhos, p. 197), com face sul e sudeste, na parte inclinada da colina(ver gráfico), recebendo o sol da manhã e, quando há, o calor da tarde, tanta luz que a uva amadurece completamente. Daí a mineralidade ou (no exagero) o toque de pedra dobre limão ou de abacaxi, a que se soma o sabor de fumo, ou melhor, de fumaça, ou ainda melhor, defumado, aquilo que na França costumam chamar pierre à fusil ou pedra de fricção que detona o fusil.

 Abri o Montrachet do Domaine Baron Chénard 1996 Grand Cru em comemoração ao aniversário de MH. Bons pretextos não faltam para degustar grandes vinhos; não que ela não mereça...A cor ainda estava clara, o que me levou a não ter pressa de colocá-lo em uso. Na boca tinha estrutura, potência e untuosidade, embora em 2012 já apresentasse notas ferrosas desagradáveis, próprias da idade, Meaculpa, eu imprevidente adorador de garrafas...Deu para compreeender que se trata de vinho gordo e especial, embora raros vinhos brancos melhorem após dez anos, ao contrário dos tintos. Por que? A explicação se chama “amargor” que suaviza com a idade. Nos prejudicando a sensação que esperamos do tipo: certa frescura que faltou neste Montrachet. Há 6 anos atrás gastei uma pequena fortuna, apenas para...continuar aprendendo.

Fonte: Diário do Comércio


quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Elaboração de Vinhos Tintos


1. UVAS TINTAS


Para se produzir vinhos tintos, são necessárias uvas tintas, pois a cor dos tintos vem dos pigmentos (antocianinas) contidos nas cascas das uvas tintas.

Também nas cascas das uvas tintas existe um componente típico, os taninos, responsáveis pela sensação gustativa de adstringência, ou travo na boca.

Pode-se dizer que quanto mais cor, mais tanino terá um vinho tinto, com ressalva para algumas variedades de menor tanino e para os vinhos maturados (ver abaixo).



2. RECEPÇÃO DAS UVAS





Esteira conduzindo as caixas de plástico contendo as uvas colhidas

Lançamento das uvas
no tanque de recepção



Eixo helicoidal que conduz
as uvas para o desengaçador

3. FERMENTAÇÃO

A fermentação é a reação química que acontece dentro do mosto, transformando o açúcar das uvas em álcool. Este processo pode ser feito em tonéis de madeira ou de aço inox.

Para iniciar a fermentação, utilizam-se leveduras selecionadas (pé-de-cuba). A temperatura de fermentação varia de 25 a 30 ºC, mas atualmente usam-se tanques com temperatura controlada para se obter resultador mais finos e intensos em aromas e sabores.


4. ESTABILIZAÇÃO

Em recipientes inox ou de concreto revestidos de epoxi ou tonel de carvalho (3-4 meses) com sucessivas trasfegas (trocas entre recipientes), seguida da análise e correção do anidrido sulfuroso

5. CORTE (ASSEMBLAGE)

Em várias regiões do mundo é comum misturar-se diferentes uvas, em proporções controladas pelo enólogo, com o objetivo de se criar um vinho mais equilibrado e mais rico em características. Esses são vinhos de corte, ou de assemblage (montagem, em francês). A mistura de uvas em nenhuma hipótese caracteriza vinhos qualidade inferior. Exemplos de vinhos de corte tradicionais são os Bordeaux (FR), Valpolicella e Chianti (IT)
Caso o vinho utilize apenas uma cepa ou variedade de uva, ele é chamado de Varietal.

6. AMADURECIMENTO

Os vinhos tintos se beneficiam de um estágio em pipas ou barricas de madeira (preferencialmente carvalho), onde os taninos jovens são 'amaciados' pelo contato com a madeira, diminuindo o tempo necessário para que o vinho fique mais agradável de beber.

O tempo de maturação varia de alguns meses a vários anos, dependendo do vinho, da região e dos objetivos do enólogo.
O padrão de barricas utilizado é o bordalês, de 225 litros. No Brasil, tem-se utilizado barricas de 300 litros.

Dentre as madeiras utilizadas, a mais qualificada é o carvalho francês, o melhor de todos por sua finesse e resultados, em 3 variedades: Tronçais, Limousin e Allier. O Tronçais é o mais fino e valorizado. São barricas muito caras, chegando a 1000 dólares cada. As barricas podem ser reutilizadas alguns anos em seguida, sendo comum acontecer uma mistura entre barricas novas e usadas.

Muito utilizado, o carvalho Americano, vem dos USA. É mais rude, puxa mais para os sabores de madeira verde, se usado em excesso abafa a fruta dos vinhos. Como é mais barato, é muito usado nos vinhos de custo menor.

Uma nova opção, o carvalho Esloveno produz resultado mais fino que o Americano, sendo similar aos franceses menos nobres. Espanha e outros países da Europa estão mesclando esse carvalho, que reduz os custos de produção com resultado superior ao carvalho Americano.


7. ENGARRAFAMENTO



8.ENVELHECIMENTO NA GARRAFA


Duração de 1 mês a vários anos anos, dependendo do tipo de vinho





quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Os benefícios do vinho para as mulheres

Foto: Site Melhor Amiga

Você provavelmente já ouviu falar que tomar uma taça de vinho ao dia faz bem à saúde, mas Daniella Romano, sommelière, explica que há uma diferença entre o consumo por homens e mulheres. As mulheres devem consumir apenas uma taça de vinho tinto e os homens podem consumir até duas taças. O homem tem uma estrutura corporal, cientificamente, para aguentar um pouco mais da bebida. 
As pesquisas dizem que o vinho, se ingerido com moderação, pode ser um bom amigo para emagrecer. Além disso, a ação do vinho tinto no organismo é melhor do que a causada pelo vinho branco, isso porque o vinho tinto é feito com a casca e tem maior quantidade de revesterol, a substância benéfica antioxidante. No entanto, consumi-lo em excesso age como qualquer bebida alcoólica: pode engordar, e muito. Para o branco, a casca não é usada se não ele fica tingido e não branco.

Um estudo da universidade de Harvard mostrou que aquelas mulheres que bebem vinho sofrem menos de pedras do rim. Outra importante tarefa do vinho e que tem como componente o fibrinogênio que produz uma redução de coágulos de sangue.

O vinho também ajuda no desenvolvimento de células nervosas, isto é, ajuda no tratamento da doença de Alzheimer e Parkinson. Previne resfriados, câncer de mama, controla a hipertensão, melhora a digestão e o sono e aumenta até mesmo o QI.

Para começar a beber vinho, descubra quais são as uvas que você mais gosta. Deguste alguns vinhos até encontrar o seu preferido. Depois, comece a sentir os aromas de cada vino e com o tempo aprenderá a identificar todos os aromas. O mundo do vinho é enorme, mergulhe neste mundo prazeroso e cuide da sua saúde ao mesmo tempo.



segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Três passos para a make do verão!



Durante as semanas de moda, os maquiadores foram unânimes: a maquiagem do verão é leve, bem natural. O look certo é o da pele saudável, sem pesar a mão com produtos pesados ou cores fortes. E já que a tendência é um visual onde menos é mais, a gente te dá o passo a passo para ter uma pele linda na próxima temporada. Seguindo estas três dicas básicas, seu rosto terá dias gloriosos.

01 – Segundo Valéria Pimentel, maquiadora do Espaço Paula Abdala Beauty Full, em São Paulo, a primeira dica é uma pele limpa. Um bom demaquilante, seguido de sabonete facial, ajuda a fixar melhor os produtos. Tente o da Mary Kay (R$ 46) que tem textura leve e ainda ajuda a deixar a pele mais hidratada.

02 - Em seguida, aplicar um primer pode ser uma ótima opção para disfarçar poros dilatados ou linhas finas. O Magix, da Avon (R$ 45), é incolor e já vem com FPS 20. De fácil aplicação e absorção, ele prepara sua pele para os passos seguintes. A maquiadora Michelle Braga, do Espaço Juliana Paes, no Rio, indica o BB Cream (blemish balm), um creme que corrige imperfeições da pele e ainda hidrata. Uma boa dica é o BB Cream, da MAC (R$ 94), que tem textura mais leve, FPS 35 e deixa a pele mais lisinha, sem pesar. Se você é daquelas que gosta da pele perfeitinha, como boneca, pode apostar numa base. A dica aqui é escolher o produto mais adequado para sua pele e espalhar bem. “A aplicação deve ser feita com a esponja correta. Eu indico as de látex, de espuma ou o pincel. É importante tirar todo o excesso com um pincel de fibra ótica depois.” – explica Valéria. 

03 – Pele lisinha, agora a dica é marcar o rosto. Afinal, o verão pede um ar saudável. Para isso, um toque de blush é essencial. Segundo Valéria, aposte no Elegance, da Payot (R$ 38,90). “Ele ajuda a realçar e afinar o rosto, sem pesar” – ensina. Mas nada de exageros, use pouco produto e espalhe suavemente no rosto, para marcar o côncavo das bochechas e os maxilares.

Agora que sua pele está perfeita, um toque de cor é bem vindo. Segundo Michelle Braga tons de azul, como o BIC, devem ser febre no verão. Na boca, aposte nos tons de laranja ou vermelho.

Aqui vale a regra do bom-senso: segundo as profissionais, se optar por um bocão, faça um olho discreto. Já se a idéia é abusar das sombras, boca em tons de nude é o ideal.
Lembre-se, o verão pede suavidade, mas isso não significa deixar a make de lado. Com essas dias, você fica linda e não arrisca errar a mão. Aproveite!

Por Erisson Rosati

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Champagne Até Quando?


Google Imagens
José Peñin, o parker espanhol, tem frase feliz: “ Champagne é um truque para transformar um vinho impossível em bebível”. Na região fria a fermentação da uva começava depois da colheita de outono, mas parava no inverno. O vinho engarrafado voltava a fermentar (e a explodir garrafas) na primavera. Como a necessidade é a mãe de todas as invenções (Platão) vieram(a) garrafa grossa(b) rolha gorda(c) a ideia genial do lacre de ferro(d) e por um fim as soluções químicas que chegaram ao pris de mousse (2ª fermentação) via da adição do liqueur de tirage, técnica que consiste em congelar o gargalo, expelir depósitos e adicionar leveduras antes do engarrafamento, ressuscitando bolhas que comemoram aniversários ou a primeira vitória de meu amigo Lelo na fórmula-60 em Interlagos.

As estatísticas não batem mas algo em torno de 320 a 400 milhões de garrafas/ano em 35 mil hectares ou 15 mil alqueires de vinhedos. Importante o preço médio da champagne (E$ 12) quando comparado ao cava espanhol (E$ 1,62), nove vezes mais segundo Peñin. Em resumo: champagne é bebida de riscos; vez por outra a classe B abre uma quando nasce o filho ou (para não perder a piada) morre a sogra. A classe B prefere Prosecco, a C os tais fermentados de maça do tipo...macieira.

Curioso saber que pouco mais de 200 de 20 mil produtores compram e engarrafam o próprio vinho. 18.800 agricultores (em média 2ha. por produtor) são cada vez mais disputados pelos 200 manipulants (empresas e cooperativas). Roederer é um dos maiores autônomos com 60% de vinhedos próprios. Ou seja, quando compramos Lanson, Piper, Bollinger, Veuve, Pommery, Ruinart, estamos degustando vinho terceirizado. Na visão pessimista estamos bebendo rótulos; na otimista provando métodos de mistura(assemblage de uvas e safras). O ex-presidente da Heublein no Brasil – Rogério Amato – me ensinava que, quando implantou laboratório de prova na empresa, tinha como meta alcançar padrão imutável, de modo que o produto(p.ex.o conhaque Dreher) fosse igual hoje e daqui a 10 anos.




Champagne também é repetição de estilo; o consumidor pretende que a Moët vendida em 2010 tenha gosto semelhante à 2013(ressalvadas as vintages ou safradas). Daí a importância do milagre de chai ou chefe de cave ser bem maior lá do que, digamos, em Bordeaux. Partindo do exemplo de duas de minhas prediletas, Deutz é jovial, tem manteiga e especial longitude de boca, enquanto Philliponnat tem Pinot Noir e corpo.

O consumidor que tentar compreendê-las poderá eleger sua preferida; basta pensar depois do 1º gole. Na semana retrasada em homenagem ao Desembargador Cesar comparamos Delamotte Blanc des Blancs(100%chardonnay, daí o nome branca de uvas brancas) e Jacquesson Cuvée nº 732 com 55% de Pinot, nítida a diferença de cor, peso e paladar. Há quem goste de Krug e outras caríssimas que têm certo traço acre vindo da mistura de lotes antigos e envelhecimento em carvalho.

 Pessoalmente não sou fã do preço e nem do gosto algo ferroso. Dentre as topos prefiro as de corpo médio, como Amour de Deutz e Dom Pérignon, a mais vendida do segmento luxo (3 milhões/ano).

 Em maio de 2010 Mary e eu serpenteamos pela D-26 Route du Champagne por 2 horas, subindo e descendo a ponto de perder a referência. Parece tudo plantado, ou seja, não há espaço para aumento da produção. O governo francês tem comissão estudando esticar os limites da região. Deixar como está levará o preço da uva (já atualmente, em média, o mais caro do mundo) a limites insuportáveis. Ressalvadas algumas exceções como os cavas Roventós e Non Plus Ultra de Codorniu, raros nacionais que nem sempre se mantêm no ano seguinte, e bons Franciacortas, na média a champagne é melhor. Nada disso justifica adotar como estratégia o segmento dos ricos e famosos. Há mercados inexplorados que-mais ou menos como aconteceu no Brasil com o Prosecco-podem se acostumar com Fusca sem jamais provar o gostinho de acelerar um Porsche. E, o que será pior, perder a mítica de almejar...o tal do Porsche.

Fonte: Diário do Comércio



quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Dia dos Pais


Dizem que o Dia dos Pais teve sua origem há mais de 4 mil anos, quando Elmesu, um jovem babilonio moldou em argila um cartão, que teria sido o primeiro, desejando sorte, saúde e longa vida a seu pai.

Muitos anos depois, em 1909, nos EUA Sonora Louise dedicou um dia aos pais, inspirada pela profunda admiração que sentia por seu pai, William Jackson Smart. Esta data se popularizou até que em 1972, Richard Nixon, presidente dos Estados Unidos oficializou em todo o país, o Dia dos Pais no 3ª domingo de junho.

No Brasil, a primeira celebração foi em 14 de agosto de 1953, data proposta por um publicitário, Sylvio Bhering, em homenagem ao dia de São Joaquim, patriarca da família Bhering. E posteriormente passou a ser comemorada no segundo domingo de agosto.

Por mais variadas que sejam a origem e os motivos, uma coisa é certa, devemos concordar que é uma delícia podermos render homenagens, e celebrar com ele por um dia inteiro. E nada como uma reunião em família, boa comida, um bom vinho...para sentirmos aquele aconchego gostoso!

Como celebramos no inverno, eu sempre penso em um bom tinto, encorpado, potente, que possa acompanhar um prato igualmente substancioso.


Para dar as boas vindas aos convidados vamos começar  com bruschetta di baccala ( bruschetta com lascas de bacalhau regadas ao azeite) , regada com um fio de azeite de oliva e para acompanhar um branco com passagem em madeira. 

Como sugestão um Rioja branco, o Viña Tondonia Blanco Reserva com  toques de coco, baunilha, especiarias e notas amendoadas ou então um chileno o Chungará Gran Reserva Chardonnay, combine com o azeite Senzo,  Valle del Maule, Chile, do mesmo produtor,  eu visitei um produtor espanhol na Rioja, há alguns anos, ele me deu uma dica que sigo até hoje: tentar harmonizar os azeites e vinhos produzidos pela mesma bodega, por questões de filosofia de cultivo, me explicou ele, pois a produção de ambos é parecida, exige os mesmos cuidados e geralmente estão próximos, assim temos terroirs com similaridades, vinho e azeite convivendo juntos. Para mim foi um bom aprendizado.



Como prato principal, um brasato di manzo al vino e funghi di bosco con polenta ( carne de panela preparada com redução de vinho tinto e cogumelos com polenta).  Este prato super completo e ‘quente’, é ideal para os dias de inverno e exige um bom tinto. Uma sugetão é o Barolo Ornato 2007, D.O.C.G. Pio Cesare – Piemonte, Italia, 100% feito com a uva Nebbiolo. Este vinho que recebeu 95 pontos do Robert Parker é uma festa maravilhosa aos sentidos, com notas minerais, de trufas, groselhas, cerejas, alcatrão, mentolado e tem um final de boca longo e impressionante.  Eu provei este prato com o Lukai, um elegante chileno que tem um corte com as uvas Cabernet Sauvignon, Carménère, Malbec e Cabernet Franc, medalha de prata no Catador Santiago, sua passagem 24 meses por barricas de carvalho francês, lhe conferem aromas de compotas de frutas negras, cacau, alcaçuz, tostado, especiarias e tabaco. Rico e elegante, com um final de boca marcante, delicioso.

 Uma dica este vinho assim como o barolo deve ser decantado uma hora antes de servir, para abrir suas notas aromáticas revelando todo o potencial destes vinhos maravilhosos.

E um Feliz Dia dos Pais.

Cheers.