terça-feira, 31 de julho de 2012

A Fermentação de Vinhos


1. UVAS BRANCAS, TINTAS ou ROSADAS


Visão do interior do tanque de fermentação de vinho tinto, mostrando o mosto em fermentação com a presença das cascas e espuma resultante da liberação de CO2


Vista interna do tanque de fermentação de vinho branco, notando-se o mosto amarelado e a espuma resultante da liberação de CO2


O vinho é definido pela O.I.V. (Office International de la Vigne et du Vin) como a bebida resultante da fermentação do mosto (suco) de uvas frescas. Qualquer outra bebida fermentada não obtida dessa forma não pode ser denominada vinho, pelo menos oficialmente (como é o caso do "vinho" de jabuticaba, do "vinho" de maracujá, etc.)

A fermentação é um processo bioquímico realizado por microorganismos que convertem moléculas de carboidratos (açúcares) em álcool, gás carbônico e energia.

A fermentação é utilizada na elaboração de bebidas fermentadas, como o vinho e a cerveja. No caso do vinho, a fermentação é utilizada para a obtenção de álcool a partir dos açúcares do suco de uva. Para isso, são utilizados os microorganismos do tipo leveduras (fermentos semelhantes aos utilizados na fabricação de pão) do gênero Saccharomyces, destacando-se as espécies S. ellipsoideus (ou cerevisae ouvini), S. chevalieri e S. oviformis (oubayanus)


Leveduras vistas ao microscópio óptico
(cada estrutura circular corresponde a uma levedura)


A QUÍMICA DA FERMENTAÇÃO

AÇÚCAR (17g) ÁLCOOL(1oGL) + CALORIAS (1,5 Cal) + CO2 (4 litros ou 4 atm)
Como o teor alcoólico do vinho é de 11 a 13o GL, temos:
187- 221g de açúcar 11 a 13 o GL de álcool + 44-52 litros CO2 + 16,5 - 19,5 Cal

Observações

16,5 a 19,5 Cal equivalem a 30 - 34oC que são reduzidos para: 15 - 18 oC nos brancos e 20 - 30 oC nos tintos
Nos espumantes a pressão é de 6 atm / litro, necessitando, portanto, de 25,5 g açúcar / litro e resultando em um acréscimo de 1,5 oGL ao vinho base


 Por Academia do Vinho



segunda-feira, 30 de julho de 2012

Coque alto, o retorno: penteado aparece nas passarelas e fora delas


O coque alto no backstage de Adriana Degreas


O coque alto voltou. Dois anos após o seu auge, o penteado prático com cara de moderninho fez o retorno às passarelas e aos cabelos fashionistas. Durante o SPFW, apareceu no desfile de Adriana Degreas, André Lima e Neon (como de costume). Fora delas, o coque alto fez parte do look de fashionistas como a voguete britânica Tilly Macalister e também da apresentadora Sabrina Parlatore.

Barbara Leão de Moura, editora de moda da Vogue e coque alto addicted. Ao lado, a estreante no penteado Karine Vilas Boas, stylist da Vogue


Na redação da Vogue, o penteado fez estreia nos fios médios da stylist Karine Vilas Boas. Barbara Leão de Moura, editora de moda da Vogue, e coque alto addicted, também colocou a sua versão em prática durante a temporada. Ela ensina um truque ótimo para conseguir o penteado bem arrumadinho, acabamento que pauta a versão come back: “coloque a cabeça para baixo, junte os fios bem no topo e prenda o coque antes de levantar, com a ajuda de grampos. Assim, os fios não saem do lugar”, ensina.



Sabrina Parlatore também apostou no revival, assim como a voguete britânica Tilly Macalister


Fotos: Ana Clara Garmendia, Ricardo Toscani e César França

Texto: Vogue






quinta-feira, 26 de julho de 2012

A UVA





A uva, matéria prima do vinho, é o fruto da videira ou vinha,
planta que possui a seguinte classificação na sistemática botânica:


ORDEM: Ramnidea
FAMÍLIA: Vitacea
SUB-FAMÍLIA: Ampelidea
GÊNERO: Vitis>
SUB-GÊNERO: Euvitis
ESPÉCIES: Vitis vinifera, V. rupestris, V. aestivalis, V. labrusca, V. riparia, V. cinerea, etc.





ESPÉCIES


Folhas da Vitis labrusca (americana) e Vitis vinífera (européia)



Cada uma dessas espécies possui muitas variedades, denominadas cepas ou castas.

As uvas que originam os melhores vinhos são da espécie Vitis vinifera de origem européia, que possui inúmeras castas, como a Cabernet Sauvignon, a Merlot, a Chardonnay, etc.


As demais espécies são americanas e, em geral não são adequadas para a elaboração de vinhos, prestando-se mais como uvas de mesa. Essas espécies também possuem muitas variedades, cujos melhores exemplos no Brasil são a Niagara e a Isabel que até a década de 70 eram as únicas castas utilizadas na elaboração dos vinhos brasileiros.

O CICLO DA VIDEIRA

Como todas as plantas, a videira possui um ciclo anual de vida, divido em três períodos, a saber:

1. PERÍODO DE REPOUSO

Estende-se, em geral, de abril a julho e nessa fase ocorre "hibernação" da planta que perde as folhas e entra e latência. Durante essa época, é feito o plantio e a enxertia das plantas novas e/ou a adubação e a poda seca das plantas velhas.

ENXERTOS







Enxertia (enxerto)
Consiste na implantação do caule da videira européia (cavaleiro) no caule da videira americana (cavalo) ligado à raiz



O caule da videira americana (cavalo), com a raiz, plantado, aguardando a enxertia da videira européia (cavaleiro)


Os dois caules já ligados e amarrados originarão uma nova planta resistente às larvas da Phyloxera vastatrix que atacam as raízes


2. PERÍODO DE CRESCIMENTO

Vai, aproximadamente, de agosto a dezembro.
Durante esse período faz-se a capina e a poda verde e nela ocorrem o brotamento das folhas, a floração e a produção e a circulação de seiva (observada quando se corta um galho: ela escorre e é chamada o choro da videira ou Lacrima Vitis).


3. PERÍODO DE ELABORAÇÃO

Estende-se por volta de dezembro a março e nela há a formação e o amadurecimento dos frutos e queda das folhas. Ao final desse período temos a fase da colheita, sendo a das uvas brancas mais precoce (dezembro a janeiro) e a das tintas mais tardia (fevereiro a março)
Nos países europeus, situados no hemisfério norte, esses períodos ocorrem em épocas diferentes (repouso: dezembro a março; crescimento: abril a julho; elaboração: agosto a novembro).



Por Academia do vinho



quarta-feira, 25 de julho de 2012

New York, New York





Às 3 da tarde de uma 5ª feira, mesmo com GPS, tentávamos levar o carro ao centro de Nova York, mais exatamente à garagem da locadora na 23 West. O trânsito simplesmente empacou, em boa parte porque os carros não respeitavam a placa de "nunca fechar o cruzamento". Cansado após 550 kms. de viagem desde o interior da Virgínia (Charlotsville, aonde visitei Monticello, a bela fazenda de Thomas Jefferson) parecia que "jamais" nos livraríamos do automóvel. No túnel Lincoln foi difícil entrar e mais difícil ainda sair! No auge da irritação me veio à mente Frank Sinatra cantando New York Niuu Yôórrk, quando meu estado de espírito estava mais para maldizer o dia em que acumularam tantos automóveis numa maçã.

Fazia mais de dez anos que não voltava à Big Apple, desde a coincidência da viagem no feriado de 12 de outubro de 2001, exatos 30 dias após o atentado às torres do World Trade Center. Essa viagem estava paga quando houve o ataque. Maria Helena queria desistir com medo do antrax e outras ameaças, mas as agências de viagem, hotéis e outros não devolviam um centavo do preço. Optamos por não perder nosso rico dinheirinho. Fomos a pé até os escombros do WTC, sete andares de entulho, fumaça, poeira e indizível mistura azeda que parecia carne humana. Pelo país inteiro, Montana, Massachucetts e Connecticut as bandeiras foram hasteadas com a frase united we stand, que no contexto significava continuamos de pé.

Onze anos depois NYC cicatrizou as feridas, os teatros da Broadway continuam cheios (não para mim que já cansei dessa maratona), novos restaurantes abrem e fecham, e a disputa por táxis continua renhida. A recomendar o charmoso mercado Eataly, na 5ª Avenida 200, que tem o que há de melhor de peixes, verduras, pães, sorvetes e vinhos... italianos. No mercadão de luxo há 5 ou 6 restaurantes: pizza, pasta, peixes e frutos do mar, carne (Manzo), lanches rápidos etc. No restaurante central vendem vinhos a copo, e então dezenas de pessoas circulam bebericando vinho branco fácil (do tipo Tocai do Friuli ou Frascati). Beber e comer Itália, eat Italy.

No sábado fomos ao Aldea (1 estrela Michelin) de George Mendes, filho de pais portugueses. O chefe sofisticou o bacalhau e até mesmo o bolinho de bacalhau, mas erra na dose e na substância. O bacalhau chegou em corte homeopático, acompanhado de um molho escuro desenhado no prato. O que seria aquilo? Espuma de azeitona; mas porque não a própria para mastigar? E menos: a espuma de azeitona deu para duas garfadinhas, quase pedi mais para acompanhar. Achei que não seria venerável e só fui forrar o estômago com um belo sorvete no caminho de volta para o hotel. Apenas se salvou o serviço de vinhos a copo, que me permitiu comparar Esporão Reserva com Albariño espanhol e por fim encerrar com Meandro do Vale Meão, esse notável português que, aqui no Brasil, a importadora Mistral carrega no preço porque é excelente relação custo-benefício.

No domingo visitamos o Marea do chefe Michael White, muito bem localizado perto do Plaza na 240 Central Park South. Como o nome indica, é forte nos frutos do mar (esplêndida ambientação e lotado), mas está longe de ser "imperdível". Por exemplo, traz o absoluto inconveniente de deixar ao cliente a opção entre 4 ou 5 molhos e acompanhamentos. Prefiro quando o chefe escolhe o que é melhor para mim. Não é que comemos mal; e até imaginávamos que o jantar custaria o dobro (duas estrelas Michelin). Bom peixe, mas aqui o Ruffino's serve igual e o Amadeus muito melhor. O Guia Michelin, tão rigoroso ao avaliar restaurantes na Itália e em Portugal, pelo visto é generoso quando se trata de proclamar o glamour da Big Apple.

Fomos também ao Lever House na Park Avenue, mas essa estória engraçada eu contarei outro dia.

Niuiórk continua cheia de executivos, táxis amarelos, prédios altos e moçada bonita correndo no Central Park, indiferentes às levas de turistas que tentam tomar conta do mesmo espaço. Depois que nos livramos do Cruise da Budget recuperamos o bom humor, renovamos o espírito e fomos ao Metropolitan, ao Frick e... às compras. Comprei algumas roupas baratas que no Brasil seriam caras e vinhos tops da Califórnia (entre eles Montelena e Caymus). Por fim acompanhei MH pacientemente, até desistir de entender o que ela estava procurando. Até utensílios de cozinha vimos, embora nos falte espaço para qualquer alfinete. Vale a pena ficar à toa olhando o ir e vir das gentes; NYC continua bombando, desta vez para o alto, como o skyline do novo WCT que permanece de pé.

por Carlos Celso Orcesi da Costa 

terça-feira, 24 de julho de 2012

Adegas Climatizadas

           Vinhos necessitam de cuidados especiais. Ambientes descontrolados em relação à temperatura, umidade, luminosidade e arejamento são os grandes vilões da boa conservação de um rótulo. 

           A guarda ideal, portanto, deve ser feita em adegas climatizadas, nas quais essas variantes possam ser controladas e mantidas nas condições recomendadas a seguir: temperatura entre 12°C e 18°C, umidade entre de 50% e 70% e arejamento moderado, além de exposição a luminosidade e riscos de vibração mínimos. Ainda nas adegas, as garrafas ficam deitadas e podem ser dispostas da melhor forma. As adegas mais comuns são os móveis tipo geladeiras para 16 e até mais de 70 garrafas.

           Por Mundo do Vinho


segunda-feira, 23 de julho de 2012

DICAS BÁSICAS DE HARMONIZAÇÕES


A apresentação abaixo se refere apenas a sugestões básicas. Tipos de molhos, temperos, modos de preparar, entre outros fatores, interferem diretamente na combinação prato e vinho.




Aperitivo

Riesling australiano ou neozelandês, chenin blanc sul-africano, champagne ou espumantes brancos.

Entrada

Sauvignon blanc, riesling e chardonnay sem madeira, chablis, pinot blanc (saladas), chardonnay e Pinot Noir (sopas)

Carnes brancas

frango, peru e outras aves

Chardonnay, pinot noir, merlot suave, sauvignon blanc, beaujolais, bordeaux branco, riesling da Alsácia, chenin blanc, syrah

Carnes vermelhas

Vinhos franceses da Borgonha e encorpados de Bordeaux (caça), tannat e malbec (churrasco) e cabernet sauvignon.

Massas

Chianti e valpolicella de italianos leves

Queijos

Beaujolais, chianti, sangiovese, sauvignon blanc (queijo de cabra), porto tawny (queijos azuis ou cheddar amadurecido), merlot, entre outros.

Peixes e frutos do mar

Sémillon, malbec, pinot noir leve, sauvignon blanc e chenin blanc (bacalhau), muscadet (mexilhões), vinhos verdes (sardinha fresca), champagne (ostras).

Sobremesas

Muscats (chocolate), porto tawny e Moscato D’Asti



sexta-feira, 20 de julho de 2012

6 mandamentos do batom perfeito


Conheça alguns truques para deixar seu batom impecável


O batom é o diferencial de qualquer maquiagem e são necessários alguns cuidados para que ele tenha destaque positivo.
Saber o seu tom ideal, a maneira correta de aplicar, truques para evitar borrados e dicas para aumentar a duração, são alguns dos quesitos para se ter uma boca perfeita.
Conheça os 6 mandamentos para você manter sua boca sempre perfeita:

1 – Hidratação
A hidratação labial é o passo mais importante para manter a boca sempre impecável na hora da aplicação do batom. O primeiro passo é fazer uma esfoliação caseira semanal nos lábios utilizando os seguintes ingredientes: Uma colher de sobremesa de açúcar e uma colher de sobremesa de mel. Modo de aplicação: Misture bem os dois ingredientes e passe suavemente nos lábios em movimentos circulares.
Depois de feita a esfoliação é necessário hidratar os lábios. Esse passo deve ser feito diariamente com o protetor labial de sua preferência.

2 – Tom de batom ideal
É necessário saber qual é o tom natural do seu lábio para fazer a escolha ideal do seu tom de batom. Pessoas com os lábios mais pálidos ficam bem com tons de batons vermelho-cereja e coral. Aquelas dos lábios naturalmente pigmentados, podem optar pelos tons de pink, laranja e vermelhos arroxeados. E por ultimo, os lábios mais escuros, combinam mais com tons de tijolo e vinho.

3 – Nude ideal
A moda da boca apagadinha veio pra ficar, porém alguns cuidados são necessários na escolha da sua cor. O tom do seu batom nude tem que ser um tom mais escuro que a sua pele, ou mais brilhante. Pessoas mais brancas, por exemplo, podem apostar no nude rosado. Já as de pele mais morena, no tom mais puxado para o areia.

4 – Aplicação
A aplicação do batom faz toda a diferença no resultado final. Para quem não tem prática para lidar com os tons mais escuros, o ideal é utilizar um pincel, ou um lápis de contorno para evitar borrados.

5 – Acabamento
Esse passo é muito importante para dar suavidade aos lábios, corrigir possíveis borrados e tirar o excesso de produto. Primeiro use o truque do lenço de papel encostando os lábios para a retirada dos excessos. Em seguida utilize um cotonete limpo para contornar os lábios. Esse passo ajuda a suavizar as bordas e a remover possíveis borrados.

6 – Duração
Para aumentar o efeito de duração do seu batom temos duas dicas infalíveis. A primeira é reaplicar o produto nos lábios depois de retirar o excesso com o lenço de papel. O segundo e ultimo passo é passar uma cama fina de pó translucido com um pincel específico para pó.
Agora você já sabe que para ter uma boca impecável são necessários alguns cuidados especiais. Principalmente agora no inverno a hidratação dos lábios tem que ser constante para evitar que o lábio fique com aspecto escamoso.

Por Danielle Bianchi




quarta-feira, 18 de julho de 2012

Vinho Branco

O vinho branco tem uma cor dourada e um sabor frutado. Pode ser produzido a partir de uvas brancas: “blanc de blancs”: ou de uvas negras: “blanc de noir”. Sim, o vinho branco pode ser produzido com uvas tintas. Diferentemente do vinho tinto, o branco é servido gelado e é ótima companhia para peixes e frutos do mar. A determinação da cor “branca” decorre da retirada das cascas da uva do mosto antes da sua chegada aos tanques de fermentação.

Método de Produção


As uvas brancas passam pela desengaçadeira e seguem para uma prensa horizontal. É feita uma compressão suave dos frutos, de forma a retirar o suco sem esmagar sementes e cascas. A parte sólida é retirada.

O suco é, então, filtrado, passa pela sulfitagem e é encaminhado para cubas de fermentação de aço inoxidável, nas quais é possível o controle da temperatura por meio de serpentinas em que circula ar frio. Não ocorre, nos vinhos brancos, a maceração, uma vez que as cascas foram eliminadas do processo.

O controle da temperatura permite conferir características diferentes ao vinho branco: com temperaturas mais baixas, produz-se brancos mais frutados e com vida mais curta; elevando-se a temperatura, os vinhos tornam-se mais longevos. Poucos vinhos vão aos barris de carvalho, onde a oxigenação produz o efeito colateral de reduzir o frescor.


Principais uvas brancas


Chardonnay: É a principal uva branca. Graças à facilidade de cultivo, resistência e produtividade, espalhou-se pelo mundo, sendo a base de vinhos brancos muito secos. É a uva do Chablis e produz vinhos excelentes na Borgonha, na França. É encontrada na Califórnia (EUA), Chile, Argentina e Brasil.


Chenin Blanc: É a principal uva branca do Loire, onde produz longevos vinhos brancos e também vinhos de sobremesa.


Gewürztraminer: Encontrada na Alsácia (França) e na Alemanha.


Moscatel: Bastante espalhada pelo mundo. É encontrada na França, em Portugal, na Austrália e no Brasil.


Riesling: Pode ser encontrada tanto em regiões frias, como áreas da França e da Alemanha, como em áreas quentes, como Austrália e Brasil. Pode dar origem tanto a diferentes tipos de brancos, do mais seco ao mais doce.


Sauvignon Blanc: Encontrada nas regiões francesas de Bordeaux e do centro do Loire, estão presentes também no Brasil e no Chile.


Sémillon: Natural, como a maioria das uvas brancas, da França, tem dado origem a bons vinhos no Chile e na Austrália.


Por mundo do vinho





terça-feira, 17 de julho de 2012

Vindimas em Portugal: uma tradição que perdura


Licença:
CC Attribution-NonCommercial-ShareAlike 2.0
Autor:
magnacasta


O fim do Verão e o início do Outono é sinónimo de colheitas e em Portugal abre-se a época das vindimas: as uvas estão prontas para serem colhidas das videiras, num trabalho realizado em ambiente de festa e convívio, para depois produzir o vinho do ano. Uma tradição portuguesa que, apesar de modernizada em alguns aspetos, ainda é o que era.

Época das vindimas

As vindimas representam uma época do ano singular em Portugal que abrange todas as atividades que decorrem entre a apanha da uva e a produção do vinho. Depois da poda em Janeiro, dá-se a formação dos cachos na Primavera e é durante o Verão que as uvas ganham cor, aroma e paladar. Entre Setembro e o Outubro, quando as uvas já se apresentam maduras, ou seja, quando o seu peso, cor e acidez apresentam as condições ideais para a produção do vinho, decorrem as vindimas. Apesar das várias técnicas introduzidas pelos enólogos de hoje, continua a ser perfeitamente possível determinar a melhor altura para se vindimar através de um simples e tradicional método popular: quando os pés das uvas estiverem murchos e as peles dos bagos começarem a contrair.

 Junta-se depois um grupo de pessoas que, numa manhã, vindimam os cachos, apanhando-os à mão ou utilizando uma tesoura de apoio para rapidamente os cortar. O acondicionamento das uvas exige sempre um grande cuidado e o transporte para a adega deve ser o mais imediato possível, pois as uvas amassadas, juntamente com o calor que pode ainda marcar a época das vindimas, pode levar a uma fermentação prematura das uvas. Na adega, as uvas são depositadas num pegão e/ou selecionadas a partir de um tapete rolante; segue-se o desengaçamento das uvas e o seu esmagamento, do qual resulta o mosto; o mosto, por sua vez, é fermentado e assim transformado em álcool; no final do processo de fermentação, o vinho é armazenado em depósitos de madeira, cimento ou inox até estar próprio para consumo; segue-se o engarrafamento, distribuição e consumo.

As vindimas ontem

As vindimas são um verdadeiro marco da etnografia portuguesa e, em tempos passados, o trabalho da colheita das uvas era visto, sobretudo, como uma autêntica celebração. Familiares e amigos reuniam-se no dia designado para as vindimas – cada um combinando datas diferentes para que o grupo pudesse ajudar nas vindimas uns dos outros – e o trabalho começava bem cedo com os homens carregando escadas de madeira às costas para se chegar a todos os cachos e as mulheres com os cestos de vime, onde seriam transportadas as uvas, na cabeça. As crianças e os idosos acompanhavam de perto cada minuto das vindimas, ajudando sempre que podiam. 

E porque se tratava de uma verdadeira celebração, as vindimas decorriam ao som dos ranchos folclóricos que seguiam para as terras em ritmo de cortejo. Os trajes típicos emprestavam ainda mais cor ao cenário das videiras pesadas com deliciosas uvas e ao chilrear dos pássaros juntavam-se as músicas tradicionais das vindimas, acompanhadas pelos bombos, concertinas, ferrinhos e braguesas. 

A meio da manhã parava-se para petiscar qualquer coisa e ganhar força para continuar, sendo os homens a carregar os cestos de vime já repletos de uvas até aos carros de bois, enquanto as mulheres não deixavam escapar nem um cacho das videiras. O descanso merecido depois de uma manhã inteira a vindimar acontecia durante um almoço prolongado, sempre em ambiente de festa. Ao anoitecer, as vindimas e as celebrações continuavam nos lagares onde os homens, de calções ou calças arregaçadas, formavam uma roda, davam os braços e ao ritmo da música pisavam as uvas colhidas de manhã.

As vindimas hoje

Embora sem os contornos de festa de tempos passados, as vindimas de hoje continuam a aliar uma forte componente de convívio ao seu trabalho incontornável. Continua-se a reunir família e amigos em torno deste ritual anual onde, numa manhã de fim de semana, com tesouras na mão e cestos ou caixas aos seus pés, se recolhem cuidadosamente os cachos de uvas. A pausa a meio da manhã mantém-se e concluído o trabalho, o tradicional almoço é aproveitado para descansar e pôr a conversar em dia.

 Os carros de bois deram lugar aos tratores e depois de colhidas as uvas, outrora levadas para os lagares para serem pisadas, seguem para as adegas onde, com recurso a equipamentos mecânicos, serão transformadas em vinho. Atualmente procura-se manter esta tradição – nem que em alguns locais se tenha de proceder ao recrutamento de mão-de-obra sazonal – porque as vindimas são essenciais para assegurar a produção do já mundialmente famoso vinho português. Acima de tudo, uma manhã passada ao ar livre, a colher os frutos da Mãe Natureza, em boa companhia, é algo que muitas pessoas aguardam ansiosamente todos os anos, principalmente aquelas que vivem os seus dias nas grandes cidades.

De norte a sul do país

Embora seja uma atividade típica do norte de Portugal – nomeadamente na região do Douro – a verdade é que as vindimas também se realizam em várias outras regiões do país, arquipélagos incluídos. As diferentes regiões (Beiras, Litoral, Alentejo, Madeira…) contribuem assim para o cultivo de castas distintas (tinto e branco) e, consequentemente, para vinhos distintos, aumentando assim o espólio riquíssimo de vinhos de qualidade com o selo português. Independentemente da região, as vindimas são um evento importante no calendário das colheitas anuais e um dia vivido em pleno. Resta depois esperar pelo S. Martinho, em Novembro, para juntamente com um prato de castanhas fumegantes, servir e provar o vinho novo.


Clube de vinhos


segunda-feira, 16 de julho de 2012

Como escolher o tapete ideal para sua casa


Dicas para cobrir o chão da sua casa com muito conforto e estilo

Escolher tapetes para a casa pode ser um desafio tão grande como decidir os móveis para o quarto ou um sofá para decorar a sala. Afinal, as opções em material, textura, tamanho, formato e cor são inúmeras, assim como a variedade em preços e processos de fabricação, que podem ser artesanais ou industriais.

Além de decorativo, o tapete pode ter várias funções práticas: aquecer o ambiente e transmitir sensação de aconchego, esconder defeitos no piso, proteger o chão de riscos, abafar ruídos. Pode ser usado em todos os ambientes, mas salas, quartos, lavabos e áreas de circulação como hall de entrada e corredores são locais estratégicos.
Vale lembrar que o tapete deve somar com toda a decoração do ambiente, sem quebrar a harmonia. Por isso, seja ele neutro, colorido, estampado ou liso, deve estar sempre de acordo com o restante dos elementos.

O local onde se pretende colocar a peça influencia muito na escolha do tipo de material do tapete. Colocar um tapete persa caríssimo no quarto de brinquedos das crianças não é uma boa ideia, assim como um tapete felpudo demais não é indicado para o banheiro ou cômodos que têm grande movimento, pois a peça certamente irá se sujar com facilidade. Nestes casos, o ideal é escolher tapetes de fácil manutenção e que possam ser lavados na máquina.

Para cada ambiente, existe um tipo de tapete. Os mais modernos pedem tapetes coloridos, com listras ou estampas diferenciadas. Nos ambientes clássicos, o melhor é optar pelos modelos mais tradicionais.

É essencial pensar também no tapete adequado para cada clima. Se a intenção é decorar um ambiente fresquinho, como uma casa de praia, prefira um tapete de fibras naturais. Ambientes mais quentes pedem tapetes de lã, linha e pelo.

Quanto ao tamanho, o importante é que o tapete esteja perfeitamente adequado às dimensões do espaço. Como ele demarca o espaço, não deve ficar desproporcional. Um tapete para ser usado em frente ao sofá, por exemplo, deve ter no mínimo a largura do móvel.
Além dos tapetes tradicionais tapetes quadrados e retangulares, os tapetes em formatos diferenciados ganham cada vez mais destaque enquanto peça de decoração. Vale a pena investir em tapetes com formatos inovadores para ter um resultado surpreendente.

Por Deborah Busko