terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

QUASE PORTUGAL


Logo ali a sudoeste da costa portuguesa, no Atlântico, a Ilha da Madeira se faz refúgio perfeito para quem busca “escarpas agudas, costões vertiginosos, natureza exuberante e vinhos inesquecíveis”. A origem deste espaço de terra é vulcânica e o clima é  subtropical, o que significa que as temperaturas costumam não ultrapassar a média de 20°C. Para a hospedagem, encontramos uma dica que promete ser uma extensão de toda a beleza da região: é o Quinta das Vistas Palace Garden Hotel, localizado na cidade de Funchal, ao sul da ilha. O lugar fica no topo de uma colina e, logo, além de todo a estrutura para o lazer e conforto dos hóspedes, ainda oferece paisagens panorâmicas da cidade. www.quintadasvistasmadeira.com
Fonte: Revista Bianchini

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

O Éden de Popelouchum


Fonte: Diário do Comércio

Randall Grahm começou outra "jornada espiritual". O dono de uma das vinícolas mais cultuadas da Califórnia, a Bonny Doon, que ganhou o mundo com seus rótulos Big House e Cardinal Zin (vendidos há alguns anos a preço de ouro), está plantando agora um vinhedo perto de San Juan Bautista, cidade originada de antiga missão jesuítica, fundada em 1797, a 15ª das 21 implantadas na Califórnia, num arco de fé e de vinhos. Quando Grahm fala em jornada espiritual, é porque espera que o novo vinhedo (ele prefere tratá-lo como um grande jardim, um Éden onde crescem algumas uvas) o reconecte com a Natureza e com sua própria simplicidade.

Grahm é um vitivinicultor holístico, que segue os mandamentos da cultura biodinâmica e os ensinamentos do educador Rudolf Steiner. Suas teorias, poesias, ensaios sobre terroir foram registrados em Been Doon So Long - a Randall Grahm Vinthology, livro editado com capricho pela Universidade da Califórnia. Os textos sobre a jornada espiritual, encontrados em seu blog, mostram toda a verve pela qual tornou-se celebridade. A ideia em San Juan é estudar detidamente qual a variedade ou conjunto de cepas capazes de expressar as qualidades únicas daquele terreno.

Para isso não poupará hibridizações e experiências genéticas, colocando a mão em sementes, pisando na terra, parando de "andar nas nuvens", como ele mesmo diz. A propriedade em San Juan foi batizada de Popelouchum, palavra indígena da tribo dos Mutsun que alude a paraíso. Grahm tem seguido os conselhos dos índios, como o jejum de contemplação e interação com o território dos vinhedos. E não despreza os devas, guias da natureza capazes de indicar as melhores ações de equilíbrio, harmonia e ordem para um perfeito jardim. Enquanto os novos frutos não aparecem, os fãs da Boony Doon degustam o cult Le Cigare Volant, uma mistura de Mourvèdre e Carignane dos vinhedos de Contra Costa.


José Guilherme R. Ferreira é autor do livro Vinhos no Mar Azul – Viagens Enogastronômicas (Terceiro Nome)

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

A TÉCNICA DE ABRIR ESPUMANTE A SABRE

Imagem: bangkokpost
A Sabragem ou o sabrage é uma técnica napoleônica, utilizada para abrir uma garrafa de champagne, cave, lambrusco ou espumante. De origem francesa tem suas origens no século XVIII, quando Napoleão Bonaparte comemorava com seus soldados, as batalhas vencidas, degolando as garrafas de champagne com seus sabres. É um momento único e especial quando uma garrafa de champagne é sabrada e ultimamente vem sendo bastante utilizada quando se quer comemorar alguma data, festejar algum evento ou selar um grande negócio. Tradição que sobrevive em nossos dias, a sabragem encanta e aumenta o charme de uma comemoração.
Para praticar essa técnica, primeiramente devemos retirar a cápsula e a gaiola da garrafa. Com uma mão segure a garrafa na base e coloca-se o dedo polegar no fundo da garrafa, inclinado-se a garrafa para frente e para cima. Com a outra mão segure o sabre, num golpe único e firme acerte a lâmina contra o bico da garrafa. O champanhe está pronto para ser servido! Mas deve-se ter cuidado e de preferência isso deve ser feito por pessoas experientes.
Para saber mais, acesse: http://migre.me/7VW7c
Fonte: Revista Vinho Magazine

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

MIOLO NA CHINA


A China já está entre os países que mais consomem vinho e tem tornado-se uma grande aposta para produtores mundo afora. De acordo com os dados da Viexpo, entre 2005 e 2009 os chineses dobraram o consumo da bebida. Aproveitando a boa fase do mercado no Oriente, a Miolo inaugurou uma loja em Xangai em parceria com a empresa localNingbo Ke Peng. “Os vinhos brasileiros ainda são novidade na China, mas já despertam a simpatia de quem os degusta”, afirma Jannie Jian. A Miolo ingressou no mercado chinês há cerca de um ano e já embarcou cerca de 40 mil garrafas para o país, entre as quais estão o Lote 43, o Quinta do Seival Castas Portuguesas e o Merlot Terroir. De acordo com Morgana Miolo, gerente de Relações Internacionais do Miolo Wine Group, a grande vantagem de uma loja da Miolo em Xangai é a visibilidade: “O consumidor chinês poderá conhecer melhor nossos vinhos”, afirma.
Fonte: Revista di Vino

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

RABO DE CABELO – penteado chique e que nunca sai de moda

Um peteado anitgo que “faz a cabeça” de várias mulheres é o famoso rabo de cavalo. Por ser rápido e prático de se fazer, o sexo feminino aderiu com força esse estilo, que nunca sai de moda e que pode ser usado tanto em festas como no dia a dia, combina com qualquer roupa, pessoa e pode ser usado em qualquer época do ano. É simples e pode se tornar chique. Na cerimônia do Oscar 2011, famosas como Anne Hathaway, Reese Witherspoon e Nicole Kidman desfilaram pelo tapete vermelho com belos vestidos e charmosos rabos de cavalo, cada um com um estilo diferente.

Esse ano foi a vez das beldades desfilarem super produzidas na 54a. Edição do Grammy 2012, Cerimônia considerada o Oscar da Música, realizada no último domingo, (12) em Los Angeles. Por lá passou celebridades como a cantora Fergie que arrasou no penteado “rabo de cavalo”.
Fonte: Revista Élégant

Imagem: Correio do Brasil

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

CARNAVAL CANADENSE

Imagem: turismo.terra.com.br
Nem samba e nem suor. Para os 17 dias de festa que acontecem todo mês de fevereiro, em Quebec (cidade situada no lado francês do Canadá), você só precisará de casacos, luvas e gorros bem quentinhos! Essa é a época do ano em que a população de lá faz as pazes com o clima (que, para nós, ainda é frio!) e celebra seu Carnaval com inúmeras atrações – bem diferentes das nossas, diga-se de passagem: No Dufferin Terrace, uma plataforma para a passagem de pedestres que dá as melhores vistas da cidade, tobogãs de gelo fazem a alegria de adultos e crianças; nos campos Plains of Abraham, trenós puxados por cavalos; equipes de todos os cantos do mundo competem em concursos de esculturas de gelo por toda a cidade; além das delícias que são vendidas, como as tradicionais balas de maple syrup, calda que costuma ser despejada em panquecas e outras guloseimas.
Fonte: Revista Bianchini

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

BONITO, é lindo!

Imagem: bonitobrazil.com.br
Se ainda não esteve em Bonito, você já deve ter visto, pelo menos, alguma foto deste ponto turístico brasileiro – e, provavelmente, dominada pelo azul esverdeado das águas escondidas do mundo por cavernas de rochas pontiagudas. É possível palpitar que esta cidade do Mato Grosso do Sul e, mais precisamente, suas cavernas e belezas naturais, sejam, unanimemente, vistos como um dos lugares mais bonitos do Brasil, talvez do mundo. E, fazendo jus a esse espetáculo da natureza, a Pousada Olho D´água consegue mesclar o rústico da região com conforto urbano a que estamos habituados, oferecendo internet sem fio, por exemplo. Para o lazer, uma piscina iluminada com bar próprio, restaurante e, claro, indicação para todos os passeios da cidade garantem o que é necessário para uma viagem inesquecível.
Fonte: Revista Bianchini

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

PINOT NOIR

Imagem: guiadovinho.com.br
Esta uva delicada e de difícil vinificação, no nariz, apresenta aromas de rosa, morango, trufa, pimenta negra. Estas notas são típicas e podem aparecer juntas ou não, com maior ou menor intensidade, dependendo do tipo de vinho produzido.
A Pinot Noir é uma das uvas mais complexas do mundo do vinho. Manuseá-la nas vinhas exige muito trabalho e, para prová-la, é necessário uma compreensão diferente das que temos normalmente sobre outros vinhos tintos. Na produção de tintos, ela dificilmente é blended com outras uvas, tendo sua fama calcada em varietais. Os vinhos tintos a base da Pinot Noir são, de uma maneira geral, sensuais, pálidos, perfumadamente doces e muitas vezes para reflexão. Por esses motivos e pelo seu caráter de exclusividade, esses nobres fermentados foram os protagonistas na tela do cinema no filme Sideways.

A uva Pinot Noir é o contraponto da especialíssima Cabernet Sauvignon que, francesa como ela, conquistou o mundo inteiro e é hoje sinônimo de vinho tinto. Enquanto a CS produz caldos encorpados, profundos e com muita intensidade, a Pinot Noir sempre traz exemplares com mais aromas e uma elegância que não consegue ser alcançada por nenhuma outra uva. Uma das mais significativas diferenças entre as duas está no desenvolvimento na vinha. Enquanto a Pinot Noir necessita de clima frio e tem maturação mais rápida, a CS consegue se desenvolver bem em climas quentes e é uma das mais tardias a amadurecer. A difícil adequação da Pinot Noir às condições climáticas é uma das razões de não termos muitas regiões do mundo com vinhos destacados. Clima quente produz vinhos que beiram a marmelada, perdendo todo o seu caráter.

Em adição a essas características, a Pinot Noir tem, normalmente, menos taninos e pigmentos que uvas como a própria Cabernet ou até mesmo Syrah, produzindo quase sempre vinhos mais claros. Não há como negar que, tanto no processo de desenvolvimento da vinha quanto no processo de vinificação, essa uva requer muito mais trabalho e dedicação se comparada com qualquer outra que produz vinhos tintos.
Fonte: Revista Adega

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

VOCÊ CONHECE A HISTÓRIA DO VINHO?


Não se pode apontar precisamente o local a época em que o vinho foi feito pela primeira vez, do mesmo modo que não sabemos quem foi o inventor da roda. Uma pedra que rola é um tipo de roda; um cacho de uvas caído, potencialmente, torna-se, um tipo de vinho. O vinho não teve que esperar para ser inventado: ele estava lá, onde quer que uvas fossem colhidas e armazenadas em um recipiente que pudesse reter seu suco.
Há 2 milhões de anos já coexistiam as uvas e o homem que as podia colher. Seria, portanto, estranho se o "acidente" do vinho nunca tivesse acontecido ao homem nômade primitivo. Antes da última Era Glacial houve sêres humanos cujas mentes estavam longe de ser primitivas como os povos Cro-Magnon que pintaram obras primas nas cavernas de Lascaux, na França, onde os vinhedos ainda crescem selvagem. Esses fatos fazem supor que, mesmo não existindo evidências claras, esses povos conheceram o vinho.
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Os arqueologistas aceitam acúmulo de sementes de uva como evidência (pelo menos de probabilidade) de elaboração de vinhos. Escavações em Catal Hüyük (talvez a primeira das cidades da humanidade) na Turquia, em Damasco na Síria, Byblos no Líbano e na Jordânia revelaram sementes de uvas da Idade da Pedra (Período Neolítico B), cerca de 8000 a.C. As mais antigas sementes de uvas cultivadas foram descobertas na Georgia (Rússia) e datam de 7000 - 5000 a.C. (datadas por marcação de carbono). Certas características da forma são peculiares a uvas cultivadas e as sementes descobertas são do tipo de transição entre a selvagem e a cultivada.

Leia a matéria completa em: http://www.adegadovinho.com.br/historia.php

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Mandarin Oriental

Quando viajamos, um dos detalhes mais importantes a serem escolhidos é o hotel. Não há como negar, a localização, ambiente e serviços oferecidos fazem toda a diferença durante nossa estadia!
  
Um dos hotéis mais luxuosos do mundo é o Mandarin Oriental, com suites caríssimas, restaurantes sofisticados e tudo do bom e do melhor. 

Se disponibilizar de 500 dólares para fazer uma massagem na sua próxima visita a NY, não deixe de experimentar a mais pedida do Mandarin Spa de lá, uma combinação de técnicas que vai te levar às alturas, de tão relaxada! Se este não for o seu caso, vale a visita e um aperitivo no mObar, o bar do hotel. Mesmo para aqueles que não estiverem hospedados lá, vale a visita. Sugiro os Dim Sums (famosos dumplings chineses que estão em alta) harmonizados com o Sancerre Jean-Paul Picard. A vista é espetacular e o ambiente é perfeito para um happy hour.

Para os que desejarem jantar por lá podem se deliciar no Asite, restaurante de comida asiática fusion.
Além de desfrutar dos luxos do Mandarin, vale aproveitar sua localização. Ele fica no Columbus Circle que é um complexo cheio de lojas legais como uma boa unidade da nossa queridinha dos cosméticos, a Sephora, um shopping e alguns dos melhores restaurantes de NY, como o Per Se que só trabalha com cardápios a preço fixo e deliciosos, porém caros. Se a sua paixão não é por compras atravesse a rua e estará no maravilhoso Central Park. Divirta-se!

RESPONSABILIDADES DE UM SOMMELIÈRE


Para muitos, a figura do sommelier não passa de uma parte da elegância e da decoração de um bom restaurante, conferindo-lhe grande prestígio. Para os habituées de uma boa gastronomia, sua presença é fundamental; trata-se da segurança em tornar aquela refeição, seja entre amigos, a negócios, e até mesmo só, em um prazeroso passeio pelo mundo da degustação, pois, mesmo aqueles que têm conhecimento do que vai beber, podem certificar-se que tudo estará em perfeitas condições, desde o condicionamento da bebida até sua chegada à mesa, onde será devidamente aberta e servida.

Um fator importante a ser considerado é a constante vigilância do sommelier quanto às vendas dos produtos, pois estas estão intimamente ligadas às preferências dos consumidores, não podendo estar em falta na adega do restaurante. Também é sua tarefa atender o cliente sobre a carta de vinhos, podendo sugerir o mais apropriado, tirando alguma dúvida, ou seja, todo o serviço, que constitui um verdadeiro ritual, ficará por sua conta; daí, a importância de sua proximidade com os freqüentadores da casa.

Sua elegância deve estar intimamente ligada aos seus conhecimentos profissionais, aliados à sua larga experiência, estudos, técnicas e em sua competência na escolha, na compra e no gerenciamento da adega de seu restaurante.

Seus serviços vão muito além: têm que ter uma boa dose de psicologia ao tratar com os clientes; quando de suas sugestões, o conhecimento da disponibilidade de gasto do consumidor, seus gostos e conhecimentos sobre a bebida e seu perfeito acompanhamento com os pratos solicitados. Outrossim, é importante sua discrição quando o cliente insiste em escolher ele mesmo, apesar de não ser o mais apropriada.

Ao sommelier cabe estudar os diversos perfis da clientela desde os mais exaltados, os mais difíceis ou aqueles que, por ignorância ou por ceticismo decidem contrariar suas indicações. Com os indecisos, que ficam horas em sua insegurança e ansiedade para solicitar algo, como também com os mais silenciosos que parecem estar ali para poderem meditar sobre sua existência, ele deve ter muita paciência - indicada também para os de mais idade, ou os mais jovens, inseguros ou apresentando pouco conhecimento.

Os clientes ditos “normais”, uma pausa na jornada desse profissional, sejam eles bons conhecedores ou delegadores dessa incrível tarefa para quem realmente nela é um expert, este deve agir com usual cortesia. Suas atitudes deverão estar de acordo com os diversos tipos de pessoas descritos acima. Sob a virtude do autocontrole e, acima de tudo com boas maneiras e cordialidade, sua competência deve caminhar paralela à simplicidade e paciência. Se solicitado, expor com segurança seus pontos de vista; diante de silêncios e indecisões, fazer perguntas relevantes e imbuídas de incentivos, deixando os clientes mais seguros em suas decisões.

EXECUÇÃO DO SERVIÇO

O serviço do sommelier, depois da compra certa, da organização da adega e do cuidado com as cartas de vinhos, bem como com todas as outras bebidas a serem servidas, passa para outra etapa: seu contato com o cliente. Ao lhe apresentar a relação de vinhos, deve ajudá-lo na escolha e, quando da chegada da bebida à mesa, cabe a ele dar, finalmente, seqüência ao serviço do vinho.

Com sua habilidade, esse especialista deverá se utilizar de uma linguagem clara e simples para que seus clientes, afinal nem todos entendem de enologia, enografia ou degustação, aproveitarem ao máximo sua degustação. Deve ser respeitada a temperatura do vinho para cada tipo e/ou característica, sempre observando a mais baixa para os brancos, acentuando seu frescor.

Itens importantes estão desde o ritual da abertura da garrafa, como os utensílios apropriados usados na parte certa do gargalo (previamente limpo e seco), a extração da rolha e o odor característico a ser encontrado.

As damas devem ser servidas em primeiro lugar, se não houver a presença de membros do clero, em seguida os cavalheiros e, em seguida os clientes no lugar de honra; deve-se levar em conta a ordem estabelecida por um cerimonial (neste caso, a qualidade da bebida foi previamente verificada).

A conservação dos vinhos brancos ou espumantes e seus serviços devem ser observados, principalmente no que diz respeito à visibilidade de seus rótulos e o cuidado com suas taças apropriadas. Ao passar para o serviço dos tintos, estas deverão ser previamente retiradas e, se ainda não vazias, deve-se solicitar sua permissão. Assim também com retirada às dos tintos, dos mais licorosos para a sobremesa e, por último para darem lugar ao serviço do café, somente permanecendo as taças para água, que é servida durante toda a refeição.

Pode acontecer de o vinho previamente provado na frente do cliente não estar a seu gosto; neste caso recorre-se à sua devolução, guardando-se a garrafa para uma melhor análise. Se, porventura, não for de agrado do cliente, deve ser evitada uma situação embaraçosa, procedendo-se também à troca, que não viável no caso de vinhos especiais e antigos; o cliente deve estar ciente sobre esta norma.

Cabe também ao sommelier o cuidado com a decantação dos vinhos, processo de transferência de vinhos tintos diferenciados, com algum teor de tanino, da garrafa para uma jarra, a fim de separarem-se os sedimentos originados durante o processo de envelhecimento. Quanto aos brancos, se desejado um aprimoramento, a decantação deverá ser feita com maior rapidez.

Quanto às outras bebidas: começando pelos aperitivos, o sommelier deve esmerar-se em proporcionar bebidas de sabor agradável e que aguce o paladar do cliente, principalmente à base de champanhe brut, espumantes ou mesmo vinhos refrescados; deve haver alternativas para os que não bebem álcool. Ao fim da refeição, alguns digestivos, licores ou destilados à hora do café. Cada bebida, seja destilada ou não, é cuidadosamente servida em taças especiais, bem como temperatura adequada e, sempre com devida atenção para que o cliente se sinta bem servido.

Atualmente, há uma maior preocupação com os fumantes. Muitos restaurantes restringem ou até proíbem o uso de tabagismo; outros oferecem salas especiais, onde há um serviço de charutos, apresentado pelo sommelier, muitas vezes suas tarefas. Devem ser observados detalhes como a classificação dos charutos, suas procedências, a quantidade de cinzeiros, fósforos, acendedores, cortadores e etc.
Como podemos observar, da gentileza e savoir faire de um bom sommelier vai depender a satisfação da clientela, seu possível retorno ao restaurante, bem como de suas indicações aos amigos, que sem dúvida é a melhor das propagandas.

ABS vai certificar sommeliers no Brasil
Nos países da Europa, onde o hábito do vinho faz parte das tradições culturais, os profissionais que se encarregam do serviço da bebida em restaurantes e lojas especializadas passam por demorada formação e têm prestígio no setor e entre os consumidores. No Brasil, muitos restaurantes já incluem na brigada a figura do sommelier, mas em boa parte dos casos o profissional ostenta o título sem apresentar a devida preparação. Para sanar isso, a Associação Brasileira de Sommeliers (ABS) vai certificar os profissionais que trabalham com vinho, depois de submetê-los a um tríplice exame – teórico, de degustação e de serviço.

A prova não é obrigatória, pois a ABS não é um organismo oficial, ligado ao Ministério do Trabalho. Mas o profissional que quiser merecer o aval da prestigiada associação deverá requerer a certificação. “Hoje, qualquer pessoa faz um curso rápido e já se julga sommelier”, diz o presidente da ABS-BR, Danio Braga. “A nossa preocupação é proteger os profissionais sérios, que têm formação demorada. Não se trata de fechar o mercado, e sim regulamentar a profissão.”

Os profissionais que já atuam no ramo e tem reconhecida competência, ou já demonstraram seus conhecimentos em concursos nacionais e internacionais, não precisarão passar pela prova. Vão receber da ABS um “pin”especial, numerado, e um diploma reconhecendo a sua qualificação. Um exemplo sempre citado é o de Manoel Beato, reputado sommelier do restaurante Fasano, que receberá automaticamente o distintivo. Os diretores da ABS-BR acreditam que existam cerca de 20 profissionais altamente preparados no país, que poderão merecer previamente o atestado. Sommeliers formados em outros países também poderão requisitar a revalidação de seu certificado.

Esta é uma luta de 20 anos. Quando a ABS foi fundada, inicialmente com representação no Rio de Janeiro, mais tarde em São Paulo e hoje em outras cidades, um dos objetivos era cuidar da formação de sommeliers, maneira de garantir um bom serviço de vinhos nos melhores restaurantes nacionais e evitar as improvisações, os casos em que garçons com mais jeito são rapidamente deslocados para o serviço do vinho. “Com o tempo, concluímos que era mais fácil formar o consumidor do que os profissionais”, observa o enófilo Mário Telles Jr, da ABS paulista e um dos dirigentes da ABS-BR. São recentes os cursos destinados exclusivamente aos profissionais da restauração. Na ABS-SP eles duram um ano, com aulas uma vez por semana. Ao longo desse período, o candidato a sommelier precisa submeter-se a três exames – e quem tirar abaixo de 7 em uma delas está fora.

Normalmente, o consumidor identifica o sommelier apenas como o profissional que serve o vinho nos restaurantes. Mas ele é mais que isso. É o profissional que cuida do serviço do vinho em todas as suas etapas. Cuida da compra das garrafas, zela pela manutenção da adega, estuda os pratos do cardápio para sugerir as melhores combinações e, por fim, serve o vinho à mesa. Por isso a profissão exige estudo, conhecimento sobre grandes regiões vinícolas mundiais, e muita prática. Mesmo nos países da Europa, em que a tradição é muito mais antiga, não é fácil concluir a formação de sommelier. Na França, por exemplo, há apenas 230 sommeliers certificados. Na Itália, são cerca de 400.

A iniciativa da ABS segue paralela ao movimento oficial pela regulamentação da profissão. Projeto de lei nesse sentido está em tramitação no Senado, seguindo no momento o trajeto dos debates nas Comissões técnicas, antes de chegar ao plenário. É um processo longo. No entanto, ainda que a profissão de sommelier seja regulamentada por lei, a certificação dada pela entidade dos enófilos é uma garantia a mais para o consumidor de que o profissional que o atende no restaurante, ou em sua loja preferida, sabe do que está falando e que seus conselhos merecem aceitação.

* Trecho de trabalho realizado no módulo de "Enologia", do curso de Gastronomia da Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo, por Eire Rosado.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

DICAS DE HARMONIZAÇÃO PARA PRATOS COTIDIANOS

Imagem: casaraodovinho.com.br
Para quem não dispensa um bom vinho, mesmo no dia a dia, aprenda a fazer uma boa harmonização para os pratos cotidianos, como: massas, feijoadas, lanches, etc.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

MANDAMENTOS PARA SERVIR À MESA


Imagem: vinhosweb.com.br

• Deixar sempre visível o rótulo, evitando cobri-lo com a mão.
• Abrir a garrafa de vinho efervescente sem fazer ruído.
• Verter o vinho efervescente lentamente, para não deixar que a espuma trasborde da taça.
• Manter o pó acumulado sobre a garrafa de um vinho envelhecido, quando transportado no cestinho.
• Respeitar a temperatura de serviço ideal para cada vinho.
• Se o vinho foi levado à mesa no balde de gelo, antes de abri-lo e de servir, é preciso enxugar bem a garrafa.
• Envolver num guardanapo a garrafa retirada do balde, para que não fique pingando quando se serve o vinho.
• Encher as taças até no máximo dois terços de sua altura total.
• Nunca servir duas variedades de vinho numa mesma taça.
• Depois de terminar uma garrafa, não se deve afastá-la imediatamente da mesa e, se for mantida no balde, nunca se pode colocá-la de cabeça para baixo.
* Trecho de trabalho realizado no módulo de "Enologia", do curso de Gastronomia da Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo, por Eire Rosado.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

O SOMMELIER IDEAL


Para desenvolver sua atividade de maneira satisfatória, além do excelente conhecimento sobre vinhos, o sommelier tem de preencher alguns requisitos essenciais de caráter comportamental e técnico.

REQUISITOS COMPORTAMENTAIS

• Classe e estilo, para saber estabelecer relações cordiais e apropriadas com a clientela.
• Boa atitude no comando, para demonstrar autoridade aos colegas e saber conquistar confiança.
• Boa cultura geral, que lhe permita entabular uma conversação interessante com os clientes, quando necessário.
• Mentalidade aberta e dinamismo, para ser receptivo ao se defrontar as constantes inovações da área.
• Humildade, tato, cortesia e bom humor.
• Pontualidade e precisão.

REQUISITOS TÉCNICOS

• Conhecimento teórico e prático das regras de abertura dos vinhos e do ritual de servi-los (incluindo a decantação).
• Conhecimento e competência para aplicar as regras de serviço de forma impecável.
• Conhecimento absoluto do vinho e das demais bebidas, o que pressupõe dominar noções de viticultura, enologia, enografia e legislação específica, tanto em esfera nacional como internacional.
• Conhecimento profundo das técnicas de degustação, a fim de estar permanentemente em condições de descobrir cada pequeno segredo das bebidas e dos alimentos.
• Conhecimento das principais técnicas de comunicação.
• Conhecimento das técnicas de gerenciamento administrativo, incluindo a capacidade de elaborar orçamentos.
• Conhecimento de pelo menos duas línguas estrangeiras.
* Trecho de trabalho realizado no módulo de "Enologia", do curso de Gastronomia da Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo, por Eire Rosado.